quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Primeira Notícia: 08/JAN - Notícias da viagem à Barreiras


Barreiras, 04 de Janeiro de 2010. Segunda-feira

A Chegada

Quando chegamos ao Lar Batista David Gomes, na cidade de Barreiras, extremo-oeste da Bahia, as 23:30h - horário local, fomos recebidos (apesar do horário avançado) por alunos e alunas, que nos cumprimentaram com sorrisos e olhares esperançosos. A vontade de interagir conosco foi sentida por todos desde o primeiro momento, alguns mais tímidos, outros já nos pegavam pelas mãos e ofereciam ajuda para descarregarmos nossas malas da van onde passamos 25 horas de viagem RJ/Barreiras.

Viemos com o propósito de servir e ajudar. Qual foi a surpresa do grupo, ao chegar e ser ajudado pelos jovens que nos esperavam. Sentimos o amor e a carência a todo momento, e a atenção que nos dão tentamos retribuir na mesma intensidade.



O primeiro dia

Logo pela manhã, o pastor Edson Tinoco pediu a nossa opinião sobre a viagem na van e como estávamos nos sentindo. Conforme fomos falando, comprovamos que a comunhão e a amizade feitas na viagem foi o que nos ajudou a chegarmos felizes e restaurados ao Lar. O texto escolhido para nossa reflexão matinal não poderia ser outro senão o Salmo 133, escolhido pela irmã Cineide Coelho, mas que já estava no coração de todos nós. Ressaltando nossa união e unidade.

Após o café da manhã e o momento de comunhão nosso, fomos levados pelo Diretor do lar, missionário Odilon Ribeiro, sua esposa missionária Juju Ribeiro e filha Caroline para conhecermos todos os lugares da Instituição. Apesar de vermos que muito precisa ser feito, pois o lugar é muito grande e são poucas pessoas para tomarem conta de tudo, gostamos do que vimos, tanto das áreas comuns como da Biblioteca com a Sala de Informática, do Atelier da Costura e das Bonecas, como das casas-lares.

Como estamos em período de férias, os horários são livres, somente as refeições acontecem nos horários rotineiros: café da manhã as 07:00h, almoço as 12:00 e janta as 19:00. No restante do tempo acontecem aulas de Jiu-Jitsu dadas pelo Professor-Voluntário Cid Batista, aulas de artesanato, brincadeiras ao ar livre, futebol, caminhadas até o rio, que passa atrás do terreno do Lar, etc. Dessa forma vamos interagindo com todos os públicos daqui: as crianças e adolescentes, as cuidadoras, e os 11 funcionários como as cozinheiras e as lavadeiras.

A nossa caravana tem 21 pessoas, fomos divididos por tarefas que vamos desenvolver nos 10 dias em que estaremos aqui. Alguns foram designados para um convívio integral nas casas onde além de ajudar as missionárias a desenvolverem suas atividades também colocam em prática os objetivos missionários a que se propuseram. Outros estão trabalhando nas áreas comuns, como na cozinha e na limpeza, no ensino de artesanatos e na comunicação.

Ao final do dia realizamos uma reunião de avaliação, liderados pelo pastor Tinoco e pelo coordenador do projeto, Jefferson Ferreira que nos confirmou o quanto fomos escolhidos e vocacionados para estarmos aqui.

O dia a dia do lar

A estrutura física do lar surpreende. A divisão por casas é para trabalhar o sentimento de família através de uma convivência diária mais próxima entre os moradores. Pudemos ver que todos dentro da casa têm seus deveres bem definidos através das escalas, que estão afixadas em todas as paredes, mantendo assim uma disciplina de divisão de tarefas, que os ajuda a manterem-se sempre organizados, devolvendo-lhes a visão familiar, onde todos têm seus direitos e deveres, restaurando a identidade das crianças e adolescentes. Cada casa possui uma cuidadora, que são missionárias, e cada casa é dividida por faixa etária:

Casa 1: Missionária Cirlene, 12 rapazes de 13 a 18 anos.

Casa 2: Missionária Tiandra, 12 moças de 13 a 18 anos.

Casa 3: Missionária Sandra, 10 crianças de 3 a 7 anos.

Casa 4: Missionária Algenilza, 9 crianças de 7 a 13 anos.


O Lar Batista ainda possui Sala de Música, Centro de Reciclagem, Sala Multi-uso (onde acontecem treinos de jiu-jitsu, apresentação de teatro, etc).

Testemunhos

Elisabeth Pokorni, da PIBVIVA, nos falou que o missionário não deve ter expectativa do que vai encontrar no campo, para não ter frustrações. O ideal do missionário é estar pronto para o serviço. Na disposição de Deus, pois Ele tem infinitamente mais para nós.

Maria do Rosario, ex-seminarista do Betel, se emocionou ao nos contar que está vivendo na Casa 2 , a casa dos Bebês, e que um dos meninos de 3 anos, chamado Iago orou e ela sentiu a presença do Espírito Santo.

"Ninguém ajuda ninguém sem ficar envolvido" - Henri Nouwen.

 
Texto: Luciana Monteiro
Foto: Adriana Gregório (adolescente do Lar)

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