Depois de fazer um show memorável na cidade, Gilberto Gil participa da série “Depoimentos para a posteridade” do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. O cantor, compositor e ex-Ministro da Cultura estará no MIS no próximo dia 6 de junho (quarta-feira), a partir das 13h30, juntamente com seus entrevistadores, o escritor Carlos Rennó, o pesquisador Hermano Vianna, o compositor Jorge Mautner e o produtor cultural Marcelo Fróes. O evento é gratuito e aberto ao público.
São 49 anos de carreira, 57 álbuns lançados e 8 Grammys. Sem mais, esta é apenas uma pequena parcela da carreira consagrada de Gilberto Gil, conhecido também por sua identidade musical peculiar, influenciada pelo baião, samba, bossa-nova, rock, reggae, funk e afoxé. A importância de Gil para a cultura vem desde os anos 1960, quando ele e Caetano Veloso criaram o “Tropicalismo”, movimento radicalmente inovador por assimilar a cultura pop a gêneros nacionais. Com a intervenção do regime militar brasileiro sofreu censura e acabou, fazendo com que ambos fossem exilados.
Quando retornou ao País, gravou clássicos como "Expresso 2222", "Os Doces Bárbaros" (com os baianos Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia) e a trilogia conceitual "Refazenda" (sobre a extração de campo), "Refavela" (com ritmos da Jamaica, Nigeria, Rio de Janeiro e Bahia), e "Realce" – este último gravado em Los Angeles , firmando sua opção pela música pop, que direcionaria o desenvolvimento de sua trajetória nos anos 1980. Já na década seguinte, gravou "Parabolicamará", "Tropicalia 2" e "Unplugged", entre outros; em seguida vieram os lançamentos dos álbuns "Eu, Tu, Eles", “Gil & Milton" e o CD e DVD "Eletracústico", antes de parar por três anos no período em que foi Ministro da Cultura (2003 a 2006).
Em 2006, relançou “Gil Luminoso – voz e violão”, CD gravado em 1999 para ser encartado no Livro “Giluminoso – A Po.Ética do Ser”, de Bené Fonteles. Dois anos depois, inovou mais uma vez ao disponibilizar seu trabalho na internet, assim como imagens dos bastidores de seus shows exibidos em diversas plataformas a partir do hotsite especialmente criado para essa divulgação. Seu último trabalho foi gravado em 2010, “Fé na Festa – Ao vivo”, e contou com a direção de Andrucha Waddington.
‘DEPOIMENTOS PARA A POSTERIDADE’
Em 1966, o MIS inaugurou o projeto “Depoimentos para a posteridade”, inédito programa de história oral criado para preservar a memória de diversos setores da cultura nacional, tais como a música, a literatura, o cinema e as artes plásticas. Atualmente conta com um acervo de mais de mil depoimentos, com quatro mil horas de material gravado em áudio e vídeo de figuras notáveis, como Cartola, Nelson Rodrigues, Tarsila do Amaral, Isaac Karabitchesky, Dona Ivone Lara, Gilberto Braga, entre outros. Vale lembrar que todos os testemunhos ficam à disposição do público nas salas de consulta do MIS. O depoimento do cantor e compositor Gilberto Gil integrará o acervo em até 48 horas, a contar do término de sua entrevista.
SERVIÇO
Local: Museu da Imagem e do Som do RJ - Praça Luiz Souza Dantas, 01, Praça XV
Data: 6 de junho de 2012 (quarta-feira)
Horário: 13h30
Entrada franca
Censura: Livre
Informações: 2332-9520 ou 2332-9524
Auditório com capacidade para 56 pessoas
Nenhum comentário:
Postar um comentário