14 de junho de 2012
Sessão Videoarte & Performances
O cinema, arte recente surgida há pouco mais de 1 século, estabeleceu-se primordial e dominantemente como uma arte de contar histórias. No entanto, ao longo do seu desenvolvimento, a linguagem do cinema seguiu em várias outras direções, bem distantes das narrativas, e bem próximas da plástica, da percepção e da poesia. O Cachaça Cinema Clube do dia 14 de junho celebra esse “outro” caminho do cinema, potencializado pelas (nem mais tão) novas tecnologias, aliando experimentalismo químico, magnético e pictórico à necessidade humano-artística de expressão dos sentimentos, pensamentos e inquietações. Muitas vezes aprisionado em nichos – filme experimental, videoarte... – o Cachaça abre as telas para obras que circularam em museus e instalações e também oriundas de performances, acreditando que o limite entre as expressões artísticas é cada vez mais irrelevante.
A sessão conta com 3 estreias. Minha casa é o mundo, de Gabriel Ghidalevich, é uma trajetória poética gravada no Amazonas, São Paulo, e Rio de Janeiro, que descreve o processo de perceber um caminho pelo meio, e que toda poesia é também um ato. Além do bem e do mar é um trabalho de Zel Nonnenberg, artista que voltou-se para a pesquisa dos campos audiovisuais após se decepcionar com 4 anos de atuação jurídica.Orwo Foma, de Karen Black e Lia Letícia, filmado em 16mm e revelado artesanalmente, é uma experiência de linguagem e química que acabou virando filme, realizado na oficina Corpo Sensível, de Gustavo Jahn e Melissa Dulius - Distruktur.
Completando o programa, Celebrate You, de Julia Pombo, estuda as possibilidades nos embates travados pelo corpo, explorando a força, o gesto, a fragmentação, o movimento e os limites; Luxzs 52, de Abel Duarte, é trabalho literalmente experimental, com sinais de vídeo, áudio e seus ruídos e Insertion Color, é uma vídeo performance de Aletéia Daneluz, uma tentativa de integrar uma paisagem urbana.DESTAQUES
A curadora convidada Camila Cardoso convocou artistas que brindam esta simbiose. Apostando na perspectiva de interação e ebulição de diferentes formatos de uma mesma natureza, comemora a força catártica dessa experiência limítrofe-sinestésica, que tornam indiscernível a arte e a vida.
Os filmes em destaque são um bom exemplo desta simbiose. O circo dos sonhos, projeto do coletivo Gráfica Utópica (Andrei Müller, Flavio Vasconcellos, Gustavo Speridião) é uma obra de posicionamento político, através da arte e nela própria: “a insurreição é uma arte, exatamente como a guerra ou qualquer outro tipo de arte.” O média metragem foi parte de uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 2011, que circulou por São Paulo, Paris e Noruega e foi premiada diversas vezes por instituições bancárias fomentadoras das artes plásticas brasileiras.
Base para unhas fracas é um filme do artista plástico Alexandre Vogler, cuja obra transita por intervenções em contextos públicos. Em 2008, Vogler espalhou centenas de outdoors que simulavam o anúncio de um comercial de esmalte de unhas no Rio de Janeiro. A imagem exibia as mãos de uma mulher casada ocultando suas partes íntimas, acompanhadas da marca do suposto produto. O trabalho, que exacerbava a abordagem sexista da mulher em campanhas publicitárias, é exibido como auto-retrato da onírica personagem de Base para Unhas Fracas. No filme, realizado em parceria com a atriz Marcela Maria, uma mulher transita nua por ruas desertas do centro do Rio, intervindo em luminosos publicitários e espalhando sua imagem em muros da cidade.
A FESTA
Após os filmes, degustação das tradicionais Aguardente Claudionor e batida de gengibre do Boteco Belmonte. Na pista, DJ H e muitas surpresas performáticas.
A bilheteria só funciona até às 22h. Sujeito a lotação. Evite filas: chegue cedo ou compre seu ingresso antecipado.
OS FILMES
O circo dos sonhos, de Gráfica Utópica, 2008, 45'
Das nuvens você só leva o raio.
Base para Unhas Fracas, de Alexandre Vogler, 2011, 11’
Durante madrugada, uma mulher nua percorre as ruas do centro do Rio de Janeiro, intervindo em luminosos e espalhando cartazes auto-biográficos pelos muros.
Celebrate You, de Julia Pombo, 2011, 1'30''
Buscando meios de resistir e sobreviver numa era de ontologia declinante.
Além do bem e do mar, de Zel Nonnenberg, 2012, 3' (estreia)
Um chamado, um grito, um sonho, uma utopia.
Luxzs 52, de Abel Duarte, 2010, 2'
VHS experimental.
Insertion Color, de Aletéia Daneluz, 2011, 3'
Video performance.
Minha casa é o mundo, de Gabriel Ghidalevich, 2012, 9' (estreia)
Minha casa é o mundo é uma visão da vida pelo meio, onde todo o extremo é condenável, e toda poesia é também um ato.
Orwo Foma, de Karen Black e Lia Letícia, 2012, 3' (estreia)
Tudo é lindo em uma mulher.
A sessão conta com 3 estreias. Minha casa é o mundo, de Gabriel Ghidalevich, é uma trajetória poética gravada no Amazonas, São Paulo, e Rio de Janeiro, que descreve o processo de perceber um caminho pelo meio, e que toda poesia é também um ato. Além do bem e do mar é um trabalho de Zel Nonnenberg, artista que voltou-se para a pesquisa dos campos audiovisuais após se decepcionar com 4 anos de atuação jurídica.Orwo Foma, de Karen Black e Lia Letícia, filmado em 16mm e revelado artesanalmente, é uma experiência de linguagem e química que acabou virando filme, realizado na oficina Corpo Sensível, de Gustavo Jahn e Melissa Dulius - Distruktur.
Completando o programa, Celebrate You, de Julia Pombo, estuda as possibilidades nos embates travados pelo corpo, explorando a força, o gesto, a fragmentação, o movimento e os limites; Luxzs 52, de Abel Duarte, é trabalho literalmente experimental, com sinais de vídeo, áudio e seus ruídos e Insertion Color, é uma vídeo performance de Aletéia Daneluz, uma tentativa de integrar uma paisagem urbana.DESTAQUES
A curadora convidada Camila Cardoso convocou artistas que brindam esta simbiose. Apostando na perspectiva de interação e ebulição de diferentes formatos de uma mesma natureza, comemora a força catártica dessa experiência limítrofe-sinestésica, que tornam indiscernível a arte e a vida.
Os filmes em destaque são um bom exemplo desta simbiose. O circo dos sonhos, projeto do coletivo Gráfica Utópica (Andrei Müller, Flavio Vasconcellos, Gustavo Speridião) é uma obra de posicionamento político, através da arte e nela própria: “a insurreição é uma arte, exatamente como a guerra ou qualquer outro tipo de arte.” O média metragem foi parte de uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 2011, que circulou por São Paulo, Paris e Noruega e foi premiada diversas vezes por instituições bancárias fomentadoras das artes plásticas brasileiras.
Base para unhas fracas é um filme do artista plástico Alexandre Vogler, cuja obra transita por intervenções em contextos públicos. Em 2008, Vogler espalhou centenas de outdoors que simulavam o anúncio de um comercial de esmalte de unhas no Rio de Janeiro. A imagem exibia as mãos de uma mulher casada ocultando suas partes íntimas, acompanhadas da marca do suposto produto. O trabalho, que exacerbava a abordagem sexista da mulher em campanhas publicitárias, é exibido como auto-retrato da onírica personagem de Base para Unhas Fracas. No filme, realizado em parceria com a atriz Marcela Maria, uma mulher transita nua por ruas desertas do centro do Rio, intervindo em luminosos publicitários e espalhando sua imagem em muros da cidade.
A FESTA
Após os filmes, degustação das tradicionais Aguardente Claudionor e batida de gengibre do Boteco Belmonte. Na pista, DJ H e muitas surpresas performáticas.
A bilheteria só funciona até às 22h. Sujeito a lotação. Evite filas: chegue cedo ou compre seu ingresso antecipado.
OS FILMES
O circo dos sonhos, de Gráfica Utópica, 2008, 45'
Das nuvens você só leva o raio.
Base para Unhas Fracas, de Alexandre Vogler, 2011, 11’
Durante madrugada, uma mulher nua percorre as ruas do centro do Rio de Janeiro, intervindo em luminosos e espalhando cartazes auto-biográficos pelos muros.
Celebrate You, de Julia Pombo, 2011, 1'30''
Buscando meios de resistir e sobreviver numa era de ontologia declinante.
Além do bem e do mar, de Zel Nonnenberg, 2012, 3' (estreia)
Um chamado, um grito, um sonho, uma utopia.
Luxzs 52, de Abel Duarte, 2010, 2'
VHS experimental.
Insertion Color, de Aletéia Daneluz, 2011, 3'
Video performance.
Minha casa é o mundo, de Gabriel Ghidalevich, 2012, 9' (estreia)
Minha casa é o mundo é uma visão da vida pelo meio, onde todo o extremo é condenável, e toda poesia é também um ato.
Orwo Foma, de Karen Black e Lia Letícia, 2012, 3' (estreia)
Tudo é lindo em uma mulher.
Cachaça Cinema ClubeDia 14 de junho de 2012, às 21h
Cinema Odeon Petrobras
Praça Floriano, nº 7. CinelândiaEntrada: 18 reais (inteira) / 9 reais (meia)
Cinema Odeon Petrobras
Praça Floriano, nº 7. CinelândiaEntrada: 18 reais (inteira) / 9 reais (meia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário