quinta-feira, 30 de junho de 2011

MAÇÃ DO AMOR

Cismei com esta receita, vou acabar fazendo para alguma festa caipira que vou.
Do site: www.tudogostoso.uol.com.br




Ingredientes:

  • 6 maçãs
  • 6 palitos de sorvete
  • 1/2 xícara de chá de glucose de milho ( Karo )
  • 2 xícaras de chá açúcar
  • 4 gotas de corante vermelho

Modo de preparo:
  1. Lave as maçãs e enxágüe bem
  2. Introduza um palito de sorvete no local do cabo
  3. Reserve
  4. Em uma panela, coloque o açúcar e a glucose
  5. Leve ao fogo e deixe ferver por aproximadamente 8 minutos (não mexa mais)
  6. Após isto, junte as 4 gotas de corante
  7. Cozinhe por aproximadamente um minuto e desligue
  8. Passe pela calda as maçãs reservadas
  9. Coloque-as sobre uma assadeira virada ao contrário e untada com manteiga
  10. Deixe secar

FLIP !

PROGRAMAÇÃO PRINCIPAL

07 de julho, quinta-feira
17h15 - Tenda dos autores - Mesa 3




O escritor inglês de origem caribenha Caryl Phillips participa da mesa Ficções da Diáspora. Phillips vem lançar A travessia do rio, romance finalista do Man Booker Prize e vencedor do James Tait Black Memorial Award. Nele, retrata 250 anos da diáspora africana. No século XVIII, três irmãos são vendidos e entregues à escravidão. A partir de então, acompanhamos as trajetórias de Nash, Martha e Travis em jornadas e épocas distintas.

09 de julho, sábado
15h - Tenda dos autores - Mesa 12



Edney Silvestre participa da mesa Ficção entre Escombros. Edney é autor de Se eu fechar os olhos agora, que ganhou o Jabuti de melhor romance e o Prêmio São Paulo na categoria romance de estréia, e foi vendido para França, Portugal, Sérvia, Holanda, Alemanha e Itália. O livro conta a história de dois meninos que descobrem o corpo de uma mulher perto de um lago, na antiga zona do café fluminense. Insatisfeitos com a explicação oficial para o crime, eles resolvem investigar por conta própria. Se eu fechar os olhos agora foi lançado em outubro de 2009.

19h30 - Tenda dos autores - Mesa 14


James Ellroy participa da mesa Lugares Escuros. Ellroy vem lançar Sangue errante, considerado sua obra-prima, e fecho da trilogia Underworld USA, iniciada com Tablóide americano e 6 mil em espécie. Considerado o maior escritor policial contemporâneo, Ellroy traça um retrato cru e não muito lisonjeiro da história recente dos Estados Unidos. Nesta nova e ambiciosa trama, desfilam os mais importantes ícones da década de 1960 em conexão com assassinos, políticos corruptos, policiais e toda a galeria de personagens violentos e inesquecíveis do autor. Sangue errante está sendo lançado na Flip, assim como as edições de bolso de Dália negra e Los Angeles, cidade proibida, pelo selo Best Bolso.


CASA DA CULTURA
09 de julho, sábado

11h - José Paulo Cavalcanti participa de encontro de grandes especialistas na obra de Fernando Pessoa. É autor do recém-lançado Fernando Pessoa: uma quase autobiografia, a mais completa obra de referência das muitas personas assumidas pelo poeta português e sua obra.

15h15 - Leandro Sarmatz participa do bate-papo Máscaras e Fantasmas. É autor de Uma fome, livro de contos que enfoca a vida de judeus durante a Segunda Guerra, assim como de seus descendentes.

18h - João Gilberto Noll participa do evento Solidão Continental, onde fala sobre seus personagens e romances, entre eles, Acenos e afagos.

10 de julho, domingo

11h - Marcelino Freire participa do espetáculo Palavras das ruas, com autores que escrevem sobre as ruas de São Paulo. Marcelino lançou, entre outros, Rasif, no qual fala dos excluídos e desvalidos com graça.

FLIPINHA
07 de julho, quinta-feira
9h30 - Marcelo Carneiro da Cunha, autor de Super e Depois do sexo, participa do encontro Um mundo de imagens e palavras. Com uma linguagem sintonizada com os jovens, Marcelo aborda em Super a divisão do mundo entre o real e o virtual.

08 de julho, sexta-feira

15h - O escritor e desenhista André Diniz participa da Ciranda dos autores, com o tema Viajando com as histórias. André é autor de O quilombo Orum Aiê, HQ onde resgata um capítulo empolgante e pouco conhecido da história do nosso país: A Revolta dos Malês.


FLIPZONA
06 de julho, quarta-feira

15h30 - Marcelo Carneiro da Cunha apresenta o filme Antes que o mundo acabe baseado em seu livro homônimo.
07 de julho, quinta-feira

8h30 - André Diniz, autor da HQ O quilombo Orum Aiê, participa do bate-papo Histórias em quadrinhos: o que acontece hoje.

08 de julho, sexta-feira

8h30 - Marcelo Carneiro da Cunha participa da mesa Viagens, cinema e literatura.

13h30 - Edney Silvestre, autor de Se eu fechar os olhos agora, participa da palestra O jornalismo e a literatura. Escritor e jornalista, Edney foi correspondente internacional do jornal O Globo e da TV Globo em Nova York, de 1991 a 2002. Entre suas coberturas marcantes estão os atentados às torres do World Trade Center; uma série de reportagens no Iraque; a passagem de furacões na Flórida e na América Central.  Está baseado no Rio, onde faz reportagens para o Jornal Nacional, o Bom Dia Brasil e o Jornal da Globo. Tem uma coluna semanal no RJTV e apresenta o programa Espaço Aberto Literatura, na Globonews.


Off-Flip 2011
07 de julho, quinta-feira

16h30 - Café Literário - Zaratustra
Julio Ludemir, autor, entre outros, de Rim por rim, livro-reportagem sobre o tráfico de órgãos humanos no Brasil.

09 de julho, sábado

16h - Café Literário - Zaratustra
Adilson Xavier, presidente e diretor nacional de criação da Giovanni+DraftFCB e diretor conselheiro da Associação Brasileira de Propaganda, autor de O atirador de idéias e de O deus da criação.

16h30 - Café Literário - Zaratustra
Felipe Pena, autor do romance O marido perfeito mora ao lado.

18h - Casa Sesc
Os vencedores do Prêmio Sesc 2010 se encontram em bate-papo com a presença do premiado escritor Cristovão Tezza, autor de O filho eterno e de Um erro emocional, entre outros romances. Luisa Geisler, vencedora na categoria contos, fala de Contos de mentira, que traz pequenas e densas histórias sobre as pequenas mentiras do cotidiano; e Arthur Martins Cecim, vencedor na categoria romance, fala de Habeas asas, sertão do céu!, prosa poética sobre a irmandade entre a carne e o espírito.

20h30 - Conversa de Botequim - Zaratustra
Suzana Vargas é autora de Leitura - Uma aprendizagem de prazer.



quarta-feira, 29 de junho de 2011

Vapor Mágico

[...]

Outro dia, lembrei de um desses hábitos de avó, não das minhas, mas um costume antigo de deixar uma panelinha com especiarias, frutas e açúcar no fogo, apenas para perfumar a cozinha. Lá fui eu para a boca do fogão. Adoro casa perfumada. Uma panela pequena, um tanto de açúcar. Quanto? Umas quatro colheres. Em fogo médio, rapidinho virou caramelo. Longe da chama, coloquei uns paus de canela, uns cravos-da-índia, uma maçã cortada em quatro e completei com água. A cozinha já estava cheirosa, antes mesmo da poção mágica voltar ao fogão.

Tão logo a água perfumada começou a ferver, a sala se transformou. É marcante como o aroma natural de frutas e especiarias pode trazer imediatamente uma sensação de bem-estar, de aconchego, até de alegria. Pronto, fiquei viciada.

Usei a mesma panelinha por uns dias, até gastar. À medida que a água ia secando, eu regava com mais um pouco (que fique claro, a panela não fica no fogo o tempo todo!). Uma hora, o perfume acabou. Mas a minha obsessão por casa perfumada, não. Fiz novas combinações. 

Em lugar da maçã, usei laranja. Fiz com a casca que iria para o lixo, depois de fazer suco. Também já usei um limão. Ontem, caramelei o açúcar, polvilhei com um pouco de canela em pó, cortei uma laranja em fatias e juntei um resto de um chá a granel que tinha acabado de tomar.

Assim que a água ferve, dou uns minutinhos para a sala ficar perfumada e, depois, saio passeando pela casa para levar o aroma até os quartos, alimentando a minha casa com esse vaporzinho mágico.

>> Postado por Rita Lobo do www.panelinha.ig.com.br


terça-feira, 21 de junho de 2011

FILME | Desconstruindo Harry




EUA, 1997 – 95 min
Elenco: Woody Allen, Kirstie Alley, Tobey Maguire, Demi Moore, Robin Williams, Billy Crystal e outros
Roteiro e direção: Woody Allen
Indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original



Harry Block é um conhecido escritor que usa e abusa de referências autobiográficas em seus livros, o que acaba por incomodar seus amigos, familiares e amantes, que se descobrem nas histórias publicadas e não gostam nada de como foram retratados. Em meio a uma crise criativa, abandonado pela amante e preparando-se para ser homenageado pela própria escola que no passado o expulsou, Harry passa a se relacionar com seus próprios personagens, que lhe mostrarão novas formas de compreender sua vida confusa.
Eis mais um daqueles deliciosos personagens cheios de neuras de Woody Allen. Harry gasta todo seu dinheiro com análise, advogados e putas e ele é o primeiro a prevenir suas amantes para que não se apaixonem por ele. Acusado por sua ex-mulher de levar a vida baseado tão-somente em niilismo, cinismo, sarcasmo e orgasmo, ele consegue irritá-la ainda mais dizendo que com um slogan desses, seria eleito presidente da França.
Desconstruindo Harry é um filme muito divertido, principalmente para escritores que se relacionam intensamente com sua própria obra e com seus personagens. Se você costuma escrever inspirado diretamente em seus relacionamentos e nem sempre consegue distinguir o que inventou em seus textos daquilo que copiou da vida, então conheça Harry Block. E dê boas risadas dele e de você também.

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ADORO ESSE FILME !

domingo, 19 de junho de 2011

TRABALHOS UNIVERSITÁRIOS | GEOPOLÍTICA, COMUNICAÇÃO E INDÚSTRIA CULTURAL

Comunicar é: Pôr em comunicação.  Participar, fazer saber.  Pegar, transmitir.  Estar em comunicação. Corresponder-se. Propagar-se. Transmitir-se. (Dicionário Escolar da Língua Portuguesa).

Para falar sobre o “papel histórico exercido pela indústria cultural na conformação da atual ordem mundial e sua importância atual na era da globalização e da comunicação de massa”, contextualizamos a indústria cultural como consequência da industrialização (a partir do século XVIII) e do desenvolvimento de uma economia de mercado, que estruturam a sociedade de consumo que predomina na nova ordem mundial. E, a cultura de massa enquanto produto industrial para as massas é um bem de consumo produzido em série, criado para abranger as necessidades de um público cada vez mais amplo e heterogêneo.
Quando a indústria mediática chama sua mensagem – produzida e editada segundo sua linha de raciocínio – de cultura de massa leva a sociedade a enganar-se por pensar que se trata de uma cultura popular surgida espontaneamente das próprias massas, como uma arte popular. Quando na verdade, pensando como a teoria da Escola de Frankfurt, devemos trocar a expressão “cultura de massa” por indústria cultural, mostrando assim que na verdade, o conceito ideológico da indústria cultural é o de usar as massas como meros acessórios da máquina (veículos de comunicação). “A indústria cultural inegavelmente especula sobre o estado de consciência e inconsciência de milhões de pessoas às quais ela se dirige, as massas não são, então, o fator primeiro, mas um elemento secundário, um elemento de cálculo; acessório da maquinaria. O consumidor não é rei, como a indústria cultural gostaria de fazer crer, ele não é o sujeito dessa indústria, mas seu objeto.”¹

Essa possibilidade de alienação social é considerada como ponto negativo num confronto entre o que é positivo e o que é negativo “na reflexão da relação das tecnologias de comunicação e a globalização”, já que remete ao grande público (receptor da mensagem) o engano de ser ele quem produz e conduz o que recebe como informação e entretenimento através dos meios de comunicação. Através da tecnologia da comunicação e da globalização, a indústria cultural difunde por todo o mundo uma visão de cultura homogênea, destruindo as características culturais e históricas de cada grupo. Agindo baseada nas leis de consumo, da oferta e da procura, sendo sustentada pela publicidade, a indústria da comunicação, informação e entretenimento oferece ao público somente o que ele quer, mas como o público pode querer algo mais se não é oferecido? Os meios de comunicação de massa tornam o público passivo, e pior do que dar a ele o que somente deseja, induz o que o consumidor deve desejar.

Apesar de oferecer uma cultura homogênea, a comunicação de massa é dirigida a um grande público – heterogêneo numeroso e anônimo – através dos veículos de massa que são intermediários técnicos, amplos e complexos, sendo sustentados pela economia de mercado, já que estas organizações de empregam grande número de profissionais e possuem elevados gastos com despesas. A partir deste custo elevado, que todo veículo ou conglomerado de comunicação tem, as empresas de comunicação passam a depender da publicidade e do consumo. Pois para a organização de comunicação sobreviver ou expandir ou até mesmo permanecer no topo, é preciso que o grande público compre um maior número de exemplares impressos, como livros, revistas e jornais; dê cada vez mais audiência a programas de rádio ou televisão; e principalmente, que o grande público consuma a publicidade veiculada por eles.

Os meios de comunicação de massa são mediadores da realidade desde que foram inventados: a imprensa, o telégrafo, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, internet e celulares. Atualmente, a nossa sociedade globalizada usufrui de um número maior de formas de comunicação, que envolvem aparelhos e dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos capazes de transmitir individualmente ou para grandes audiências o mesmo fato simultaneamente. Esse avanço tecnológico dos meios de comunicação é considerado ponto positivo da comunicação e globalização. Graças às tecnologias da comunicação podemos estabelecer um melhor contato com as nações, os grupo, os indivíduos. Colocando os meios de comunicação como instrumentos democráticos e libertadores na medida em que proporcionam mais escolhas de informação, expressão e acessos a culturas, que se não fosse a televisão, a revista, o jornal, o rádio etc, o homem comum não teria acesso. A era da internet tem transformado o modo de consumo de culturas, destruindo barreiras de forma dinâmica e até revolucionária. Não podemos negar que por possuir um modelo de comunicação linear, onde existe a retroalimentação da informação constantemente, como por exemplo: no facebook, twitter e blogs. O público que antes era apenas receptor dos grandes meios de comunicação passa a oferecer e produzir mensagens, divulgando-a pelo ciberespaço, e até entrando em contato direto com os sempre existentes meios de comunicação, que também estão se adaptando e reformulando, interagindo com seu público através de vários canais de comunicação que estão bem próximo do homem comum, como por exemplo: o telefone, cartas, e-mails e as redes sociais da internet.

Um dos objetivos das atividades de comunicação exercidas pelos meios de comunicação de massa é a “capacidade histórica que a cultura demonstrou e demonstra cotidianamente de atuar sobre as mentalidades e comportamentos”, através da distribuição de informação sobre os acontecimentos do mundo onde estamos inseridos, interpretando e orientando o que a sociedade deva pensar, analisar e comportar-se da maneira como os meios de comunicação avaliam e editam as notícias que serão mostradas, inclusive os textos e suas tendências nos veículos de comunicação e informação, e até, da propaganda, visando alinhar a conduta da sociedade através da transmissão de cultura, dos valores e normas sociais de uma geração à outra, criando assim mentalidades e comportamentos compatíveis com a “lógica mercadológica”. ²
Essa capacidade que a cultura tem de atuar sobre as mentalidades e comportamentos da sociedade globalizada - aumentado a cada dia de nossa “sociedade da informação” -, visto que os avanços tecnológicos permitem o avanço da comunicação de massa, que deixa de ser local (aldeia) para tornar-se cada vez mais global - tem seu lado positivo e negativo pois nem sempre maior informação significa que o homem vá se envolver com os problemas da sociedade e resolvê-los. A difusão de mensagens utilizando os meios de comunicação de massa, com suas notícias, programas e propagandas, geram a cultura de massa, que reforça as normas sociais e ideológicas, exercendo pressão para que se estabeleça uma moral única no mundo globalizado, como por exemplo, a ideologia de que a democracia, exercida pela superpotência Estados Unidos, deve ser difundida e imposta em todos os países do mundo, pois só assim o mundo viverá em paz. Isso é uma contradição, a democracia não pode ser imposta por uma nação à outra nação.
Segundo Marilena Chauí “o senso comum social, na verdade, é o resultado de uma elaboração intelectual sobre a realidade, feita pelos pensadores ou intelectuais da sociedade - sacerdotes, filósofos. cientistas, professores, escritores, jornalistas, artistas -, que descrevem e explicam o mundo a partir do ponto de vista da classe a que pertencem e que é a classe dominante de sua sociedade. Essa elaboração intelectual incorporada pelo senso comum social é a ideologia.”³. É isso que entendemos como alienação. Para a Escola de Frankfurt (chamada por Umberco Eco de apocalíptica), a função da indústria cultural exerce um poder alienante, constituindo-se como a base do totalitarismo moderno, no qual o indivíduo é levado a não refletir sobre sua condição histórica e a sociedade onde vive. A função da ideologia é impedir o homem de pensar nessas coisas, alienando-o da crítica social e política. Fazendo com que todos pensem que fazem parte da mesma cidadania global, da mesma “massa”. Quando na verdade, há diferenças sociais, políticas, econômicas, de cidadania, educação, raça, opção sexual etc.

As teorias da comunicação, avanço da tecnologia da comunicação, indústria cultural e globalização na nova ordem mundial sempre geraram e, ainda continuam gerando discussões e produzindo contradições diante do que é positivo e negativo, do que é local e o que é global, do que é imposto ao que é espontâneo. Diante desta discussão também podemos pensar na verdade jornalística e cultural - na complexidade que os grandes centros de informação atuam, sendo vinculados a grandes organizações privadas ou vinculados à política dominante - sendo analisada a partir do principio básico do jornalismo como atividade intelectual e cultural. A trajetória do avanço da tecnologia da comunicação caminha junto como a evolução do jornalismo, contribuindo para hoje vivermos na “sociedade da informação”. Os meios de comunicação de massa, a partir do ponto de vista da verdade jornalística, tornaram-se impérios da comunicação que atuam e influem de forma decisiva nos principais acontecimentos do mundo moderno e contemporâneo. 

Por isso a comunicação e todos os seus modelos e avanços tecnológicos, continuam sendo um campo de reflexão teórico, sendo analisada e interpretada para que todo esse poder seja usado de forma a veicular os verdadeiros valores culturais. “Não é utópico pensar que uma intervenção cultural possa mudar a fisionomia de um fenômeno desse gênero. Daí a necessidade de uma intervenção ativa das comunidades culturais, no campo da comunicação de massa. O silêncio não é protesto, é cumplicidade.” (Umberto Eco, 2000, p. 52).

Para terminar esta resposta volto ao enunciado da questão, que fala sobre responsabilidade social nas empresas. Após dissertar sobre avanços tecnológicos da comunicação, da indústria cultural, da globalização, do positivo e negativo da comunicação de massa que ocorre na sociedade globalizada, sabemos que uma de suas contribuições para o mundo atual é que o público consumidor adquiriu novos hábitos de consumo, indo além da imagem institucional. O consumidor compra produtos e serviços que satisfaçam seus desejos e necessidades (sempre foi assim), mas agora eles também começam a preocupar-se com as matérias-primas utilizadas, a mão-de-obra empregada, os efeitos da fabricação sobre o meio ambiente e a sociedade onde está inserido. Com isso, as empresas e instituições, até mesmo os meios de comunicação, passaram a valorizar a estratégia de marketing que a atuação socialmente responsável gera no público consumidor, agregando valor à sua marca e fidelizando o cliente/consumidor/audiência. O conceito de responsabilidade social adotados pelas instituições atua na sociedade através do social, do desenvolvimento econômico e da ecologia. Harmonizando os diferentes públicos ligados à empresa: empregados (público interno), fornecedores, entregadores, logística (público misto) e consumidores e a sociedade onde a empresa localiza-se (público externo). A empresa/organização que exerce sua responsabilidade social de forma coerente com seu discurso promove o desenvolvimento sustentável, o bem-estar e a qualidade de vida de todos. Com isso toda a sociedade ganha.
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¹ Theodor Adorno (1977, p.287-288)
² Dênis Moraes (1998, p.9)
³  Marilena Chauí (2000, p.217)


Bibliografia

BARBOSA, Gustavo. Dicionário de comunicação. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000.

ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva, 2000.

MORAES, Dênis. Planeta Mídia: tendências da comunicação na era global. Campo Grande: Letra Livre, 1998.  

SCOTTINI, Alfredo (compilação). Dicionário Escolar da Língua Portuguesa. Blumenau: Todo Livro, 1998.

STEPHENS, Mitchell. História das comunicações - Do tantã ao satélite. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993. 

LUCIANA MONTEIRO

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_meu trabalho de reposição em Geopolítica e Comunicação. Feito em junho de 2011. Nota: 9,0.

sábado, 18 de junho de 2011

Filme | Meia-noite em Paris



Em 2005, as produções de Woody Allen migraram para a Europa. De lá pra cá, seus longas deixaram a cinzenta Nova York, a exceção de Tudo Pode Dar Certo, os últimos filmes do diretor são todos com sotaque. Londres foi a primeira cidade presenteada, com Match Point; sendo sucedida pela comédia romântica Scoop, depois Sonho de Cassandra e depois com outra comédia romântica Você Vai Conhecer o Homem dos Seus Sonhos. Já Barcelona, teve Vicky Cristina Barcelona (que rendeu a Penélope Cruz o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante). Essas cartas de amor às cidades européias reforçam o olhar esquizofrênico que o cineasta tem delas.

Paris já foi contemplada com uma carta apaixonada através de Todos Dizem Eu Te Amo; que além de homenagear a cidade mais romântica da Europa, fazia reverenciava aos grandes musicais. Mas agora, a Paris apaixonada e musicada dá lugar a uma intelectualizada. Em Meia Noite em Paris, Woody volta ao seu gosto nonsense e presenteia os espectadores com possíveis encontros entre os grandes artistas da história da literatura, artes plásticas e da música; em plena Paris da década de 20.

(_do cinema pop e cinema com mel )

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JÁ ESTÁ NO CINEMA !

quinta-feira, 16 de junho de 2011

EXPOSIÇÃO DE FOTOS | Um retrato da sociedade brasileira: Coleção Francisco Rodrigues de Fotografias 1840-1920



EXPOSIÇÃO / SOCIEDADE NORDESTINA
 
Num capítulo importante do FotoRio, a exposição "Um retrato da sociedade brasileira: Coleção Francisco Rodrigues de Fotografias 1840-1920", englobando 190 imagens e dez albuns de família, registra um segmento importante da história da sociedade nordestina. É o que vai poder ser visto a partir de 16 de junho, no MNBA.


Dentre as curiosidades expostas destacam-se fotos de ilustres personagens como Carlos Gomes, Joaquim Nabuco e Castro Alves, e de crianças mortas, conhecidas como "anjinhos", retratadas como se vivas estivessem.


As obras integrantes desta exibição pertencem à Fundação Joaquim Nabuco, orgão do MEC situado no Recife. A coleção é fruto do esforço do cirurgião-dentista Francisco Rodrigues (1904-1977) que deu sequência ao trabalho do próprio pai, Augusto Rodrigues, que se dedicara a formar uma galeria de notáveis figuras do século 19. No seu impeto, Francisco Rodrigues conseguiu superar o seu antecessor, pois ampliou imensamente o que foi iniciado pelo pai, revelando-se um colecionador dotado de aguda visão sociológica e conferindo à Coleção o perfil histórico e social como ela hoje é conhecida: um símbolo da diversidade social brasileira.


Este riquíssimo acervo é originário do antigo Museu do Açúcar, vinculada ao extinto Instituto do Álcool e do Açúcar, e incorporada em 1974 ao acervo da Fundação Joaquim Nabuco. A coleção completa reúne a impressionante soma de 17 mil fotografias, todas elas hoje preservadas no Centro de Estudos e de


Documentação da História Brasileira da Diretoria de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco.
A exposição Um retrato da sociedade brasileira: Coleção Francisco Rodrigues de Fotografias 1840-1920 tem curadoria das pesquisadoras Ana Maria Mauad, da Universidade Federal Fluminense e de Rita de Cássia Araújo, da Fundação Joaquim Nabuco, sendo ambas doutoras em História Social, e do fotógrafo e antropólogo Milton Guran, coordenador geral do FotoRio.


Organizada em vários ambientes, a mostra Um retrato da sociedade brasileira: Coleção Francisco Rodrigues de Fotografias 1840-1920 é fruto de um acurado trabalho de pesquisa, museologia e seleção de imagens, procurando justamente realçar a diversidade do seu imenso acervo original.
Inicialmente, há um "mosaico de diversas formas de sociabilidade"; em seguida, podem ser vistas imagens de notáveis com seus respectivos indicativos de riqueza e distinção social; há também ambientes dedicados à fotopintura, às fotografias de família e aos versos dos retratos, além de espaço para relíquias como daguerreótipos, ambrótipos e ferrótipos.

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Data de abertura: 16 de junho de 2011, às 16h
Período: 16 de junho a 17 de julho de 2011
Visitação: de terça/sexta: das 10 às 18h;
sábados/domingos: das 12 às 17h
Preço: R$ 5,00 sendo a meia entrada: R$ 2,00.

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Site: www.mnba.gov.br

quarta-feira, 15 de junho de 2011

NOVOS CURSOS NO INSTITUTO DE TELEVISÃO

Festival Internacional de Televisão 2011 O FITV chega à sua 7ª edição, com o melhor da televisão mundial em um ambiente motivado pelo olhar sobre as novas plataformas de distribuição de conteúdo e a construção de novos formatos de programação.
-De 23 a 16 de novembro.
-No Oi Futuro RJ (Flamengo e Ipanema)
saiba mais sobre o Festival
 
Introdução à direção de cinedocumentários O curso pretende despertar e estimular, a partir de exemplos práticos e das mais diversas experiências, tecnologias e narrativas, o olhar e a postura documentarista necessários à criação e direção de documentários. Das artes plásticas, no século XIV, à integração dos novos meios de comunicação e produção de conteúdos inerentes ao século XXI (web, wiki e redes sociais), o curso apresenta e analisa cases presentes na pintura, na literatura, em diários pessoais, na fotografia, no cinema e nos programas que fizeram a história na linguagem documental da TV brasileira influenciando, para sempre, o telejornalismo investigativo contemporâneo em nosso país.
-De 14/07 a 28/07.
saiba mais sobre o curso
 
Jornalismo investigativo
Um curso que investiga os fundamentos desse jornalismo perigoso e necessário. Dos bastidores da política aos vestiários esportivos. Com Cristinna Guimarães.
-De 18/07 a 01/08.

terça-feira, 14 de junho de 2011

MOSTRA DE FILMES HITCHCOCK | CCBB RIO



Conhecido como “o mestre do suspense”, Alfred Hitchcock possui uma filmografia ímpar, tendo passado, em 50 anos de carreira, por várias transformações cinematográficas – do filme mudo ao falado, do p&b ao colorido.

Trajetória esta que agora é exibida na íntegra, na mais completa retrospectiva já realizada. São:
54 longas-metragens, 
2 curtas, 
2 filmes complementares 
127 episódios em séries de suspense para televisão

A mostra inclui desde filmes mudos e filmes do início da carreira a grandes clássicos como Psicose, Os Pássaros, Um corpo que cai, Janela Indiscreta e Intriga internacional (todos em película).

Complementam esta homenagem, várias atividades e eventos especiais: curso, masterclass, debate, exibição de filmes mudos com narração ao vivo, com acompanhamento de piano e até com DJ.

Curadoria: Ardnt Roeskens


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1 Jun a 14 Jul
Local: Cinemas I e II | CCBB RJ
Horário: Conforme Programação 

CCBB Rio: Rua Primeiro de Março, 66, Centro. Rio de Janeiro
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CINEPASSE R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia-entrada)
Credencial que dá direito a ver todas as sessões da mostra.

EL DESEO - MOSTRA DE FILMES DO PEDRO ALMODÓVAR



A mostra El Deseo exibe todos os filmes de Pedro Almodóvar na Caixa Cultural. 

Além dos 17 títulos assinados pelo diretor, serão exibidos outros 22 que, ou foram produzidos por ele, ou influenciaram sua obra e o documentário “Tudo sobre o desejo – O apaixonante cinema de Pedro Almodóvar”.

Pra fechar o pacote, a masterclass “O melodrama e Almodóvar” com a curadora da mostra Silvia Oroz e dois debates “Pedro Almodóvar, o diretor” e “A estética kitsch e a diversidade sexual nos filmes de Pedro Almodóvar” todos com entrada franca.

Alguns filmes serão exibidos em 35mm e outros em DVD, alguns com entrada franca e os outros por R$4 (inteira) e 2 (meia).

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Caixa Cultural

Cinema 1 e 2
Av. Almirante Barroso, 25. Centro. Rio de Janeiro
tel.: (21) 2544-4080