Hoje eu , meu amor e amigos iremos ao Theatro Municipal do Rio ver a Orquestra Sinfônica Brasileira. Daí resolvi pesquisar sobre Mahler.
SOBRE GUSTAV MAHLER
Em 7 de julho de 1860, na cidade de Kalischt, na Boêmia, nascia Gustav Mahler, um dos maiores sinfonistas de todos os tempos. 150 anos de Mahler, portanto.
Depois de Beethoven, dá para contar nos dedos de uma mão os compositores que podem ser considerados grandes sinfonistas. Particularmente, considero como grandes sinfonistas pós-beethovenianos Brahms (pena que compôs apenas 4 sinfonias), Bruckner, Mahler e Shostakovich. Também poderíamos, no meu julgamento, subjetivo, como todo julgamento artístico, incluir no rol das grandes sinfonias a 8 e a 9 de Schubert, as 3 últimas de Tchaikovsky e a Sinfonia em Ré de Franck. Depois, mais abaixo, viriam a "Sinfonia Fantástica" de Berlioz, as sinfonias programáticas "Dante" e "Fausto" de Liszt, a "Do Novo Mundo" de Dvorák, algumas do Sibelius, talvez a "Renana" de Schumann... Será que esqueci de alguma?
Mas Mahler, Mahler é imenso, suas 9 sinfonias, mais a 10ª, que ficou incompleta, seriam perfeitas como trilha sonora para o Apocalipse, com tudo o que ele tem direito, em toda sua força trágica e catastrófica, em todo seu poder de transcendentalização, em todos seus agouros funestos, ou em todo brilho da fúria divina. E entre as 9 sinfonias, creio que as 5, 6 e 7 seriam as mais apocalipticamente adequadas, pois são as mais trágicas.
Com Mahler, viajamos por entre tempestades, furacões, guerras, tiros de canhões, explosões nucleares, queda de astros, catástrofes de todos os tipos, sustos e angústias, derramentos solares, hecatombes, batalhas entre anjos e demônios, ascensões espirituais, alucinações delírios, enfim...
Mahler, com todo o sofrimento por que passou em sua trágica existência, prenunciou o que seria o catastrófico século XX. E o XXI também. É como ele próprio disse, ao enfrentar grandes dificuldades para a aceitação de sua obra: "Meu tempo há de chegar!" E chegou.
Nada mais justo do que a forma como morreu Mahler, em 1911: durante uma trovoada. Assim como Beethoven.
SOBRE SUA MÚSICA E OBRA
1. Lieder eines fahrenden Gesellen - Canções de um Viajante Errante - para voz com piano ou acompanhamento orquestral, 1883–1885. É formalmente o primeiro ciclo de canções (Lieder) de Gustav Mahler para voz e piano (ou orquestra).
O ciclo foi inspirado pelo termo da infeliz relação amorosa com a soprano Johanna Richter, a quem conheceu enquanto exercia como director da Casa de Ópera em Kassel, Alemanha. Há fortes conexões entre este trabalho e a Sinfonía N°1 de Mahler, sendo o primeiro tema da segunda canção o tema do primeiro movimento de dita sinfonía e o verso final da quarta canção reaparece na primeira "Marcha Funeral" da mesma.
2. Des Knaben Wunderhorn (coleção de poemas folclóricos Des Knaben Whuderhorn que significa, literalmente: A trompa mágica do menino, referindo-se a um objeto mágico como a cornucópia é uma coleção de textos de canções populares, publicada em três volumes em Heidelberg pelos poetas e escritores alemães Achim von Arnim e Clemens Brentano entre 1805 e 1808.
A coleção contém canções da Idade Média até o Século XVIII.
A coleção contém canções da Idade Média até o Século XVIII.
- 1. Der Schildwache Nachtlied (Canção noturna do sentinela);
- 2. Wer hat dies Liedlein erdacht? (Quem inventou esta cançãozinha?);
- 3. Der Tamboursg'sell (O jovem do tambor);
- 4. Rheinlegendchen (A lendazinha do Reno);
- 5. Lied des Verfolgten im Turm (Canção do perseguido na torre);
- 6. Uhrlicht (Luz primordial);
- 7. Revelge (Toque de levantar);
- 8. Des Antonius von Paduas Fischpredigt (O sermão de St. Antônio de Pádua aos peixes);
- 9. Verlorne Müh' (Esforço perdido);
- 10. Wo die schönen Trompeten blasen (Lá onde soam os belos trompetes);
- 11. Lob des hohen Verstandes (Louvor ao alto intelecto);
- 12. Das irdische Leben (A vida terrena);
- 13. Trost im Unglück (Consolo na desventura).
A sinfonia n.º 1 usa elementos do Lieder Eines Fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante Errante) e de Das Klagend Lied (A Canção da Lamentação). É puramente instrumental e também tem certa relação com Das Knaben Wunderhorn, ainda que de maneira mais indireta.
As sinfonias do segundo período: 5, 6 e 7, costumam ser chamadas de sinfonias Rückert. Elas têm esse nome porque a composição delas foi influenciada pela musicalização que Mahler fez para os poemas de Friedrich Rückert (1788-1866). Elas são puramente instrumentais e as mais trágicas do ciclo sinfônico.
O último período não tem nome e abrange as últimas obras do artista: as sinfonias 8, 9 e a inacabada 10, além da sinfonia canção Das Lied von Der Erde (A Canção da Terra). A voz humana é usada em grande parte na sinfonia 8, e ela costuma ser chamada às vezes de sinfonia coral.
As sinfonias 9 e 10 são instrumentais, e o poema sinfônico Das Lied von Der Erde (A Canção da Terra) é cantado. Existe um certo mistério em torno dela. A princípio era para ser sinfonia número 9, mas por superstição Mahler preferiu que fosse conhecida como um poema sinfônico.
Canções do ciclo
I - "Wenn mein Schatz Hochzeit macht" ("Quando minha amada tenha em seu dia de casamentos")
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