De Fernando para Clarice:
. Ainda é tempo de não ir, não tomar o avião, dizer que esqueci o principal, e o principal é ficar, ir para casa, ler um livro, conversar, dormir e esquecer.
. Nascer de novo cada dia e dizer: começo aqui; acordado, de pé, aqui estou. E começar de novo.
. Já ando meio cansado de ver minha vida... já ando meio cansado de ver minha vida. Quero ver a dos outros também.
. De certo modo, você me dispensa de escrever. Resta o consolo de pensar que se eu fosse capaz como você de dizer o indizível, eu teria a dizer certas coisas que você ainda vai dizer. Então me limito a esperar.
. Ainda é tempo de não ir, não tomar o avião, dizer que esqueci o principal, e o principal é ficar, ir para casa, ler um livro, conversar, dormir e esquecer.
. Nascer de novo cada dia e dizer: começo aqui; acordado, de pé, aqui estou. E começar de novo.
. Já ando meio cansado de ver minha vida... já ando meio cansado de ver minha vida. Quero ver a dos outros também.
. De certo modo, você me dispensa de escrever. Resta o consolo de pensar que se eu fosse capaz como você de dizer o indizível, eu teria a dizer certas coisas que você ainda vai dizer. Então me limito a esperar.
. Tudo mais são vidas.
De Clarice para Fernando:
. Estou em período agudo de precisar receber e não de escrever.
. A solidão de que sempre precisei é ao mesmo tempo inteiramente insuportável.
. Tem certas coisas que é melhor que a gente nunca tenha oportunidade de dizer, certas coisas que ficam fatais depois que se disse, e antes pelo menos era a vida de um modo geral, os divertimentos, o momento amargo antes de dormir, o almoço.
. Tive um verdadeiro cansaço em Paris de gente inteligente. Não se pode ir a um teatro sem precisar dizer se gostou ou não, e porque sim e porque não. Aprendi a dizer “não sei”, o que é um orgulho, uma defesa e um mau hábito porque termina-se mesmo não querendo pensar, além de não querendo dizer.
De Clarice para Fernando:
. Estou em período agudo de precisar receber e não de escrever.
. A solidão de que sempre precisei é ao mesmo tempo inteiramente insuportável.
. Tem certas coisas que é melhor que a gente nunca tenha oportunidade de dizer, certas coisas que ficam fatais depois que se disse, e antes pelo menos era a vida de um modo geral, os divertimentos, o momento amargo antes de dormir, o almoço.
. Tive um verdadeiro cansaço em Paris de gente inteligente. Não se pode ir a um teatro sem precisar dizer se gostou ou não, e porque sim e porque não. Aprendi a dizer “não sei”, o que é um orgulho, uma defesa e um mau hábito porque termina-se mesmo não querendo pensar, além de não querendo dizer.
Oi, Luciana,
ResponderExcluirQue boa surpresa encontrar seu comentário no meu blog. Percebo (pelo feedjit) que as pessoas entram, leem e partem. Confessor que "blogo" pra mim mesma, então tudo bem.
Mas o carinho da sua curta msg me fez ganhar o dia. Fico devendo novo posts do livro a Jane Austen (O&P)... no "clima" do título deste post (que é lindíssimo!), nos meus últimos dias tem se passado muita vida!
Vou bisbilhotar mais por aqui! E vc seja bem-vinda sempre!
bj