“As estrelas são todas iluminadas. Acho que é pra que cada um possa, um dia, encontrar a sua.”
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“O que é importante, a gente não vê.”
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“Tu te tornas eternamente responsável por todo amor que cativas.”
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“O que é importante, a gente não vê.”
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“Tu te tornas eternamente responsável por todo amor que cativas.”
Para participar da experiência que fora convidada a realizar, de encher uma bolha elástica em volta de mim, inspirei-me no mundo do Pequeno Príncipe (Antoine de Saint-Exupéry). Viajei até seu planeta, o asteróide B612, visto pelo homem somente uma vez, em 1909, por um astrônomo turco.
Pois eu estive lá forjando minha bolha, seu tamanho é pouco menor do que uma casa, seu formato é como bolha de sabão - que voa com o vento e chega até as estrelas, sua cor é rosa – cor de rosa como uma flor magnólia.
Seu material é orgânico polimérico natural, feito da cera produzido por abelhas e de constituição macrocelular, dotado de grande maleabilidade (apresenta a propriedade de adaptar-se em distintas formas), facilmente transformável mediante o emprego de calor e pressão. Permitindo que dentro da bolha eu realize qualquer movimento que minha mente desejar.
Ao voltar para a Terra/Brasil/Rio de Janeiro, começo tal experiência, feita em casa mesmo, monitorada e observada (via Internet e ao vivo) pelo grupo de pesquisadores que me proporam esta viagem fantástica ao mundo desconhecido da bolha. Grupo de pesquisadores formado por neurologistas, filósofos, poetas, músicos e cientistas do Departamento do Estudo Humano da UFRJ.
Estar dentro da bolha é como voltar pra experiência que vivemos dentro da barria de nossa mãe, nos nove meses que vivemos dentro da placenta, envoltos pelo líquido amniótico. É a sensação de conforto e tranqüilidade plena, buscada incansavelmente por nós humanos, na luta do dia-a-dia.
Não preciso fazer força pra respirar, eu sou o ar. E não preciso ter medo de me afogar, posso nadar dentro da minha bolha Magnólia. Porque nado mesmo, sem me dar conta do que estou fazendo, eu sou a água.
Ah! Sim este é o seu nome: MAGNÓLIA. Foi assim que eu a vi pronta, ainda lá no asteróide B612, que este nome me veio como uma inspiração. Cor de rosa como uma bela flor magnólia, bela e autêntica.
Crio meu mundo dentro da bolha, “cultivo rosas e rimas”, não sinto frio, nem calor, nem dor. As emoções, motivo de tantos problemas criados a nós mesmos, são controladas e o raciocínio lógico é possível para mim. Não tem sofrimento, saudade, ansiedade, angústia, dor de cotovelo, inveja, ciúmes. Só há amor, e o perfeito amor lança fora da minha bolha Magnólia todo o medo.
Sinto o céu, reparo o mar. Eu sou eles. A felicidade existe. E eu sou ela. Não sei o que é triste. Tudo é alegria. Tudo é completo. Sinto a paz que todos buscamos. Porque mesmo que tenhamos amor, saúde, amigos, família, trabalho... tudo que mais buscamos é a paz em nosso coração. Dentro da bolha Magnólia a paz existe. Eu sou a paz. E passo os dias assim, cuidando do meu jardim, cultivando rosas, borboletas e amor.
Então trazem um rapaz, dentro de uma bolha também, faz parte da experiência que eu interaja com outro dentro de uma bolha também. É um rapaz que eu conheço, que faz parte da minha vida, eu não o via há 10 anos, mas nunca o esqueci. Ele é a paixão da minha vida. E chora ao me ver, diz: “eu só queria ter você pra mim”. E o pranto dele se faz canto para mim. E a esperança existe para nós dois. Ele fala baixinho, eu escuto no meu coração. Eu canto pra ele “eu te adoro cada vez mais e que te quero sempre em paz...”. Queremos estar juntos e mesmo com a distância que as bolhas nos causam (fazendo parecer que estamos até mesmo em estados diferentes) nós nos sentimos juntos. Estamos próximos.
Finalmente toda essa experiência de sonho chega ao seu final. Todo o grupo de pesquisadores está ao meu redor. Esperam pacientemente enquanto me despeço das minhas rosas, das borboletas, do amor, da Magnólia. Estou pronta para sair. Emoções controladas, lá no fundo do meu pensamento digo: e agora? Na vida só resta seguir. Seguir em frente. Ao sair, percebo o ar diferente, percebo frio e calor e frio de novo, e fome, e sono, e preguiça. Ainda há muito o que fazermos fora da bolha, todos estão ao meu redor, respondo a um questionário com todas as perguntas possíveis. Mas o que acho de mais importante a dizer de toda esta experiência de estar dentro de uma bolha é que “devemos cuidar daquilo que cultivamos”.
CONCLUSÃO:
Comecei este trabalho do final para o início. Fiz primeiro a representação gráfica para depois escrever a redação. A parte mais fácil foi pensar nas sensações dentro da bolha. É fácil imaginar um mundo perfeito. Difícil é o caos, a realidade, a vida nas pequenas coisas do cotidiano. O mais difícil foi pensar no material usado no processo de criação da bolha.
Optei por uma abordagem mais subjetiva, lúdica, sensorial. Me deixei levar pela minha imaginação para criar toda esta experiência.
Inspirações para o trabalho:
Músicas :
Groove Bom – Natiruts ( Alexandre Carlo)
Essa Moça Tá Diferente - Roberta Sá ( Chico Buarque)
A Sua – Marisa Monte (Marisa Monte)
Não Quero Ver Você Triste – Marisa Monte ( Erasmo Carlos - Roberto Carlos)
Livro:
O pequeno príncipe (Antoine de Saint-Exupéry)
Filme:
Magnólia (Paul Thomas Anderson, 1999)
MSN:
Conversas com amiga Kate-Anne (arquiteta formada pela UFPB)
Material usado na Representação Gráfica:
Papel vergê
Lápis de cor
Revistas
Canetinha
Tinta
Cola
Tesoura
Flores artificiais
oia, meu nome aparece mesmo no trabalho???rs
ResponderExcluiramei lu
ficou otimo... e sei bem que é o rapaz da outra bolha!rs
amei.. 10 merecidissimo
eu dou 15
beijos