sexta-feira, 25 de novembro de 2011

I Parada Encantada de Natal do Downtown


Fotos de Evandro Teixeira inauguram Galeria de Artes em João Pessoa‏

EVANDROTEIXEIRA2009


Na programação de abertura da Galeria acontece a Vernissage da Exposição Fatos em Fotos, com 24 imagens produzidas pelo fotógrafo nos seus cinquenta anos de profissão. 


Nos dias 25 e 26 o fotógrafo irá ministrar um workshop para fotógrafos que tenham interesse em aperfeiçoar seu olhar diante da arte fotográfica.

A Casa das Artes Visuais inaugura um conceito novo para a cidade de João Pessoa. 
Com a circulação do conhecimento de artes, ao focar no intercâmbio cultural entre artistas paraibanos e artistas de outros estados e países, além de oferecer cursos e espaços destinados à crítica e ao desenvolvimento de conhecimentos na arte contemporânea.
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Serviço:
Casa das Artes Visuais – CAV
Av. Esperança, 1143 – Manaíra – João Pessoa – PB

Exposição aberta ao Público: 25/11/2011
Terça a sexta, das 10h às 19h; 
Sábado, das 14h às 18h.
Fica até dia 10 de janeiro de 2012

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Exposição do grupo PhotoConversa



Terça a sexta, das 14h às 18h
Sábado, domingo e feriado, das 14h às 19h
 
Espaço Cultural Eletrobras Furnas
Rua Real Grandeza, 219 - Botafogo – RJ
Entrada Franca

Até 11 de dezembro de 2011
 

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FOTOS | BASTIDORES DO PROGRAMA RAIO X

AMANHÃ VAI AO AR O PRIMEIRO PROGRAMA RAIO X. A GRAVAÇÃO FOI AQUI NO RIO DIA 25 DE SETEMBRO. A ESCRITORA E JORNALISTA RONIZE ALINE CONTOU SOBRE A PROFISSÃO E DO LANÇAMENTO DE SEU NOVO LIVRO "O DONO DA LUA".


FOTOS LUCIANA MONTEIRO


















sábado, 19 de novembro de 2011

VÍDEO | ÁGUAS E MÁGOAS DO RIO SÃO FRANCISCO

Maria Bethânia declamando um trecho do poema "Águas e Mágoas do Rio São Francisco" de Carlos Drummond de Andrade e cantando "Riacho do Navio" no espetáculo "Bethânia e as Palavras" no Parque das Ruínas, Rio de Janeiro, dia 6 de novembro de 2010 (Evento: 18ª Campanha Paixão de Ler)






Águas e Mágoas do Rio São Francisco

Está secando o velho Chico.
Está mirrando, está morrendo.
Já não quer saber de lanchas-ônibus
nem de chatas e seus empurradores.
Cansou-se de gaiolas e literatura encomiástica e mostra o leito pobre,
as pedras, as areias desoladas
onde nenhum minhocão
ou cachorrinha-d’água,
cativados a nacos de fumo forte,
restam para semente
de contos fabulosos e assustados.

Ei, velho Chico, deixas teus barqueiros
e barranqueiros na pior?
Recusas frete em Pirapora
e ir levando pro Norte as alegrias?
Negas teus surubins,
teus mitos e dourados,
teus postais alucinantes de crepúsculo
à gula dos turistas?
Ou é apenas seca de junho-julho
para descanso
e volta mais barrenta na explosão
da chuva gorda?

Já te estranham, meu Chico. Desta vez,
encolheste demais. O cemitério
de barcos encalhados se desdobra
na lama que deixaste. O fio d’água
(ou lágrimas?) escorre
entre carcaças novas: é brinquedo
de curumins, os únicos navios
que aceitas transportar com desenfado.
Mulheres quebram pedra
no pátio ressequido
que foi teu leito e esboça teu fantasma.

Não escutas, ó Chico, as rezas músicas
dos fiéis que em procissão
imploram chuva?
São amigos que te querem,
companheiros que carecem
de teu deslizar sem pressa
(tão suave que corrias, embora tão artioso
que muitas vezes tiravas
a terra de um lado e a punhas
mais adiante, de moleque).
É gente que vai murchando
em frente à lavoura morta
e ao esqueleto do gado,
por entre portos de lenha
e comercinhos decrépitos;
a dura gente sofrida
que carregas (carregavas)
no teu lombo de água turva
mas afinal água santa,
meu rio, amigo roteiro
de Pirapora a Juazeiro.
Responde, Chico, responde!

Não vem resposta de Chico,
e vai sumindo seu rastro
como rastro da viola
se esgarça no vão do vento.
E na secura da terra
e no barro que ele deixa
onde Martius viu seu reino,
na carranca dos remeiros
(memória de outras carrancas,
há muito peças de living),
nas tortas margens que o homem
não soube retificar
(não soube ou não quis? paciência),
de pontes sobre o vazio,
na negra ausência de verde,
no sacrifício das árvores
cortadas, carbonizadas,
no azul, que virou fumaça,
nas araras capturadas
que não mandam mais seus guinchos
à paisagem de seca
(onde o tapete de finas gramíneas,
dos viajantes antigos?),
no chão deserto, na fome
dos subnutridos nus,
não colho qualquer resposta,
nada fala, nada conta
das tristuras e renúncias,
dos desencantos, dos males,
das ofensas, das rapinas
que no giro de três séculos
fazem secar e morrer
a flor de água de um rio.


"Discurso de Primavera e Algumas Sombras" - 1978
Carlos Drummond de Andrade

VÍDEO | Rio São - Ronaldo Fraga

Vídeo da coleção de verão 2008/09 de Ronaldo Fraga. Inspirada por sua viagem ao Rio são Francisco. Que depois resultou na exposição que tanto falo por aqui.




Eu já tinha a certeza de que o São Francisco é mais que um rio. Em 2008, satisfazendo antigo desejo, escolhi  o “Velho Chico” como objeto de pesquisa para a coleção de verão 2009. 

Seria a desculpa para ir de encontro a um universo que eu já conhecia das histórias e da literatura. PIRAPORA, CARRANCAS, GAIOLAS a VAPOR , BOM JESUS DA LAPA, PIRANHAS E LAJEDO, PETROLINA E JUAZEIRO... palavras que no meu imaginário chegavam como um afago, agora se tornavam mundo real. Por três meses viajei e me embebi das águas e da cultura do rio. 

A coleção foi colorida com as cores barranqueiras, com os pontos e bordados característicos do universo às margens do rio, com as imagens das texturas das sacas de café e tábuas de madeira de lei que remendam os barcos e a alma ribeirinha...

Lançada a coleção, na sequência, a desfilamos no Chile e no México e o universo gráfico da mesma foi exposto no MOT, Museu de Arte Contemporânea de Tóquio. Outras coleções vieram, mas como dito pelos ribeirinhos “uma vez que se bebe da água do rio, o rio nunca mais sai da gente”.

Passados dois anos, realizamos agora outro grande projeto: transportar parte da magia do São Francisco para uma exposição itinerante que circulará em pelo menos doze cidades do Brasil.

É um diálogo entre a minha narrativa de moda e a rica cultura do rio que mais desperta afeto entre os brasileiros.  As “águas” do São Francisco não cabem em uma só coleção de moda, em um só livro e muito menos em uma única exposição, portanto essa não é uma mostra de acervo. São instalações costuradas entre a moda e a cultura ribeirinha.
Caminharemos por um convés imaginário, como o do vapor Benjamim Guimarães, observando o universo gráfico dos mercados populares, das carrancas e da arte popular; as histórias de amor de idas e vindas dos caixeiros viajantes; as cidades submersas pelo progresso desenvolvimentista... Tudo numa vasta ciranda amorosa em torno do “Velho Chico". 

Ronaldo Fraga, outubro de 2010.

Rio São Francisco navegado por Ronaldo Fraga

Gente quanto mais eu vejo pela internet sobre a exposição RIO SÃO FRANCISO, UM RIO BRASILEIRO mais eu me apaixono. Elá já está aqui no Rio, no Palácio Gustavo Capanema - Galeria da Funarte. De segunda a sábado, 9h às 18h. Grátis

Assistam ao vídeo sobre a exposição:

E tem mais sobre a exposição no site: Rio São Francisco navegado por Ronaldo Fraga



O Rio São Francisco é mais que Rio, é mais que água. 
Ele é gente, é cultura, é história, ele é ancestralidade. 
O desastre ambiental como no Rio São Francisco é mais que um desastre, 
é dizimar uma cultura". 
Ronaldo Fraga.


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Galeria de LUCIANA MONTEIRO

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NOVAS FOTOS ! BATIZADO DO GILBERTO CALEGARI JR. FEITAS NA CIDADE DE MENDES. INTERIOR DO RIO.

MUITOS TRABALHOS !!

QUE VENHAM MAIS !!

Rio histórico com Laurentino Gomes



Do site: Veja Rio

O jornalista, autor dos best sellers 1808 e 1822, resgata pontos históricos do Rio de dois séculos atrás e lugares que, ainda hoje, fazem lembrar a cidade daqueles tempos. No próximo título de Laurentino Gomes, ela ressurge como cenário: é aqui que se concentram os eventos que levaram à proclamação da República do Brasil, revisitados no livro 1889

Ele já revirou a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil e recontou os percalços até a independência do nosso país. Desta vez, Laurentino Gomes dará um salto ainda maior para resgatar os acontecimentos que levaram à proclamação da República do Brasil, ocorrida em 15 de novembro de 1889, há 122 anos. Se em 1808 e 1822, seus dois primeiros livros, o Rio ganhou destaques esparsos, no novo título a cidade reaparece como protagonista. "Para 1889, o Rio é cenário principal. Aqui se deram os principais fatos para a derrubada da monarquia brasileira", afirma o jornalista, que já escolheu a data de lançamento da obra: setembro de 2013, na Bienal do Rio. Em seu trabalho de esmiuçar os fatos e investigar a vida de pessoas envolvidas nesses três diferentes momentos do país, o autor paranaense mergulhou fundo neste Rio histórico. E contou à VEJA RIO os lugares que ainda guardam um pouquinho do passado resgatado em seus textos.

Você acha que conhecia o Rio dos dias de hoje  tanto quanto conhece agora o de 1808, 1822 e 1889?
Eu fui me apaixonando mais pelo Rio de Janeiro ao longo das minhas pesquisas para o 1808. Já conhecia a cidade, vinha sempre a trabalho como jornalista. Mas não tinha conseguido entender a alma, o DNA do Rio antes de estudar a vida da corte de Dom João. É impressionante como hoje eu vejo o Rio de uma maneira completamente diferente.

Um exemplo?
Quando vou aterrissar no Santos Dumont, lá de cima eu consigo identificar os locais onde os acontecimentos históricos ocorreram entre 1822 e 1823, por exemplo. É um exercício interessante imaginar como poderia ser naquela época. Observo a Ilha da Cobras, onde era depositado o ouro que vinha de Minas Gerais antes deste ser embarcado para Portugal, o antigo mercado de escravos do Valongo, na Gamboa... Locais muito importantes e que hoje estão esquecidos.

E agora, estudando um novo momento histórico para o próximo livro?
Justamente. Agora, na pesquisa para 1889, o cenário volta a ser o Rio de Janeiro: desde a Ilha Fiscal, onde foi realizado o último grande baile do Império; o Palácio de São Cristóvão; o Campo de Santana, atual Praça da República; até a casa do Marechal Deodoro da Fonseca, de onde ele foi retirado, quase que à força, para liderar a proclamação, na manhã do dia 15 de novembro de 1889... Essa redescoberta do Rio pelo seu componente histórico é muito interessante. É muito bonito porque não é só observar essa paisagem de hoje. Envolve uma certa dose de imaginação. Como seria o Rio daquela época?

Que lugares do Rio mais te lembram esses períodos históricos?
Primeiro, a Biblioteca Nacional, o grande santuário dos livros no Brasil. Lá estão os 50 000 livros que vieram de Portugal logo depois da chegada da Corte. É um tesouro bibliográfico único. O Museu Histórico Nacional também vale uma visita: a praça dos canhões, as carruagens, ali há um material riquíssimo. O Paço Imperial, embora hoje não tenha um acervo interessante, foi o local onde aconteceram as coisas mais importantes deste período: Dom João se instalou na Praça XV logo na chegada ao Brasil, foi lá que ocorreu a proclamação do Dia do Fico, e ali nas proximidades está a Antiga Sé, que foi a Capela Real. Belíssima, restaurada em 2008, é onde foi aclamado e coroado D. João VI, e depois D. Pedro I. Um pouco mais distante, indico o Palácio de São Cristóvão, hoje Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista - apesar dele estar relativamente abandonado e pouca coisa lá lembrar realmente a história monárquica daquele lugar.

Existe alguma razão para o Museu Nacional ter virado um lugar dedicado à História Natural?
Pois é, ele tem essa certa esquizofrenia porque a Princesa Leopoldina era uma apaixonada por ciências naturais. Colecionava pedras, borboletas, insetos... e o local onde ela morou acabou virando um grande museu antropológico! Por essa razão lá tem múmias e meteoritos, foi pelo fato dessa corte ter um grande interesse pelas ciências naturais. Hoje ele pertence à UFRJ, mas há um lado desse lugar que está obscurecido. Foi lá que moraram D. João VI, D. Pedro I, D. Pedro II, e ali ocorreram os fatos importantes do Primeiro e do Segundo Reinados. Você chega no Museu Nacional e não tem nada que te explique onde morava o rei, onde ele dormia, onde era a cozinha... não há um roteiro histórico naquele lugar.

E você nunca pensou em fazer algo assim, que apresente roteiros históricos desconhecidos ao público?
Não agora, porque eu preciso focar nas pesquisas do meu livro. Mas taí uma ideia, acho que o Rio de Janeiro deveria desenvolver isso: manter um museu de história natural mas também fazer um circuito que conte a história. As pessoas vêm de outras partes do Brasil querendo conhecer também esse aspecto do Palácio de São Cristóvão. Onde era, por exemplo, a passagem secreta que D. Pedro usava para ir visitar a Marquesa de Santos, que morava onde hoje é o Museu do Primeiro Reinado? Acho que isso daria um roteiro turístico muito interessante que enriqueceria o papel da Quinta da Boa Vista no turismo do Rio de Janeiro.

O que havia no Rio de dois séculos atrás, que não existe mais e você gostaria que houvesse?
A candura, a beleza e a simplicidade daquela cidadezinha colonial, de 50 a 60 mil habitantes, com casinhas brancas rentes à praia, debruçadas sobre as águas da Baía da Guanabara. Uma cidade que ainda era dominada pelo Morro do Castelo, que hoje não existe mais, uma cidadezinha de cultura portuguesa mesmo. Esse Rio, infelizmente, não há possibilidade de ser recuperado. Ele virou uma metrópole muito movimentada, com uma arquitetura bastante moderna. Mas, ainda assim, existem cantinhos que permanecem como eram, lugares em que aquele Rio de Janeiro de 200 anos atrás está escondido, à espera daquele visitante que queira decifrá-lo.

Quais são eles?
Um deles e o Jardim Botânico. Claro que ele mudou muito nesses dois séculos, mas ainda é possível passear com calma, abstrair o ruído dos motores, dessa cidade que ruge de forma tão intensa lá fora, e tentar imaginar. Com um pouquinho da paisagem que sobrou, escondida atrás dos muros, e imaginação, lendo histórias, é possível recuperar esse Rio que deixou de existir. Se você for a Santa Teresa ou subir a colina do Outeiro da Glória e for atrás da igreja, observar ali aquela vegetação, as casas que ainda existem lá, pode tentar imaginar como era esse Rio de antes. Ou fazer uma visita, por exemplo, ao Convento de Santo Antônio, perto do Largo da Carioca, onde foi escrito e discutido o abaixo-assinado do Dia do Fico, em 1821. Hoje ele é aberto pelos padres para visitação.

Comparando o Rio de dois séculos atrás e o de hoje, que diferenças mais sobressaem aos seus olhos?
Hoje o Rio de Janeiro é muito mais democrático, uma cidade muito mais aberta do que em 1808, por exemplo. Um terço da população era constituída de escravos, não-cidadãos, verdadeiras máquinas de trabalhar. Havia uma nobreza que chegava de Portugal, uma riqueza da terra, dos senhores de engenho , mas a sociedade era um poço de exclusão. É claro que no Rio hoje tem muita desigualdade, pobreza, mas eu diria que essa sociedade hoje se mistura mais do que naquela época. Aquele muro social que existia na monarquia portuguesa não existe mais. As pessoas precisavam se ajoelhar diante de Carlota Joaquina quando ela passava. Hoje o prefeito e o governador andam por aí e ninguém precisa ajoelhar na frente deles (risos). A cidade está mais aberta.

Que personagem daquela época você gostaria de ver na cidade hoje?
Tem um personagem que me encanta muito, o José Bonifácio de Andrade Silva. Curiosamente ele não era carioca, mas santista, e veio para o Rio para executar o grande papel que a história lhe reservava, de patriarca da Independência. Num momento de grande crise aqui, logo após o Dia do Fico, D. Pedro estava ainda às voltas com a rebelião das tropas portuguesas e a Independência era uma grande incerteza, ninguém sabia que rumo as coisas tomariam. Foi quando José Bonifácio começou a organizar tudo, a dar uma certa lógica a esse processo. E ele era uma pessoa muito divertida, um bom dançarino (risos), bom poeta, bom de papo, um homem muito inteligente e cosmopolita. Vê-lo em ação aqui hoje seria muito interessante.

E o contato com o Rio de 1889, como tem sido?
O próximo livro será lançado em setembro de 2013, na próxima Bienal do Livro, aqui no Rio. Acredito que, até agora, tenha concluído cerca de 30% da pesquisa, de um total de 120 a 130 livros que tenho para ler sobre o assunto. Mas já avancei bastante, passei por toda a obra do José Murilo de Carvalho, um importante historiador mineiro que é especialista no tema. O que ainda preciso fazer é mergulhar no Rio de Janeiro republicano, ir aos locais onde os fatos se deram e ver tudo. Considero essas incursões pelos lugares e museus importantes para a minha pesquisa, e esse Rio de Janeiro republicano eu ainda não visitei com calma. Mas devo fazê-lo em breve.

Que autor você destacaria como uma boa referência sobre a cidade daqueles tempos?
A obra do Machado de Assis. É claro, existem ótimos livros de história, mas quem quiser mergulhar de fato na alma do Rio do fim do século XIX deve ler Machado de Assis. Um deles, o romance Esaú e Jacó, que é uma radiografia da proclamação da República, do Brasil que derruba a monarquia. É uma obra muito sensível e muito bonita.

EXPOSIÇÃO | RIO SÃO FRANCISCO, UM RIO BRASILEIRO



RIO SÃO FRANCISCO NAVEGADO POR RONALDO FRAGA

Ambiente “O Chico morre no mar”, entrada da exposição. 1000 peixes coloridos feitos de garrafa pet usada no teto, 3.938.000 canudinhos plásticos de refresco na parede, colchões estampados com imagem criada por Ronaldo Frag.



A exposição foi inspirada na pesquisa que o estilista Ronaldo Fraga fez para a coleção desfilada no São Paulo Fashion Week em junho de 2008.
É uma exposição sobre a cultura popular presente às margens do “Velho Chico”, interpretada pelo olhar do Ronaldo, e representa o projeto número 1 da moda incentivada pela Lei Rouanet, ou seja, é um projeto pioneiro junto ao Ministério da Cultura e uma abertura de portas para a moda brasileira ser reconhecida como instrumento cultural. Pronac 089325.
A exposição é composta de 13 ambientes, verdadeiras instalações de arte contemporânea, integralmente produzidas por uma ONG, e conta com duas participações muito especiais:
  • a cantora Maria Bethânia declama o poema “Águas e Mágoas do rio São Francisco”, escrito por Carlos Drummond de Andrade em 1977, e a voz de Bethânia ecoa de 16 vestidos que compõem o ambiente “A Voz do Rio”, ou seja, são vestidos musicais nos quais as pessoas podem encostar e ouvir.
  • o ator Wagner Moura produziu e narra um documentário sobre a cidade de Rodelas (BA) onde ele foi criado e que foi inundada para dar lugar à barragem da hidrelétrica de Itaparica. É um dos ambientes mais emocionantes da exposição.

Com acesso gratuito, a exposição foi inaugurada em 19 de outubro de 2010, ficando em cartaz até 19 de dezembro de 2010, no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e registrou a presença de mais de 40.000 visitantes. De caráter itinerante, a exposição está prevista para circular por cerca de mais 12 cidades brasileiras, começando por São Paulo. E agora chega ao RIO DE JANEIRO.

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Rio São Francisco, um rio brasileiro
Palácio da Cultura Gustavo Capanema
Rua da Imprensa 16, Centro, Rio de Janeiro
De 11 de novembro a 10 de fevereiro de 2012
Segunda a sábado, das 9h às 18h. 
Grátis

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Só navega em suas águas verdadeiras águas quem tiver no sonho um barco de plenitudes e na proa o céu do imaginário.






DEBATE | CARNAVAL QUE FESTA É ESSA ?



Data: 22 de novembro (terça-feira)
Horário: 18h30
Tema: Carnavais, malandros e heróis
Palestrantes: Roberto DaMatta (antropólogo e escritor) e Maria Laura Cavalcanti

(antropóloga e escritora)
Mediador: Rosa Maria de Araújo (presidente do Museu da Imagem e do Som)
Entrada: gratuita (retirada de senha 1 hora antes do início do evento)
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Teatro  I  - Capacidade: 172 lugares

Informações: (21) 3808-2020 / bb.com.br/cultura / twitter.com/CCBB_RJ / www.versobrasil.com.br