quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Maria Bethânia canta Chico Buarque




Maria Bethânia canta Chico Buarque


Desde que pisou profissionalmente no palco pela primeira vez, em 1965, aos 18 anos, Maria Bethânia se firmou como a mais autoral das cantoras brasileiras e não parou de escrever para si uma trajetória singular na história da MPB. Ao longo de 45 anos de trabalho, conseguiu conciliar de forma magistral atributos aparentemente inconciliáveis: reverência ao passado e ousadia; independência artística e sucesso comercial; sofisticação e apelo popular. Foi a primeira mulher a vender um milhão de discos no país. Nunca se atrelou a movimentos, jamais se submeteu a pressão de gravadoras e sempre navegou na contramão do mercado. Tudo isso lhe garantiu uma carreira imaculada, que atravessa as décadas angariando a admiração fiel do público e da crítica.


Mais do que cantora, Maria Bethânia sempre gostou de se definir como intérprete. E com justa razão. Ela deu origem a uma linhagem de cantoras que, por força de sua interpretação, tornam-se quase co-autoras das canções que passam por suas vozes. E pelo timbre grave e dramático de Bethânia já passou, e continua a passar, o melhor da música brasileira.


Entretanto, de todos os compositores que interpretou, nenhum ganhou mais sentido na sua voz do que Chico Buarque. Sem falsa modéstia, e com aval do próprio compositor, Bethânia costuma se dizer sua melhor intérprete. E não é para menos: em quase cinco décadas de carreira, já interpretou mais de cinqüenta de suas canções.


O roteiro traz novidades como ‘Vai Trabalhar, Vagabundo’, ‘Valsinha’ e o samba-enredo ‘Chico Buarque da Mangueira’, além de músicas eternizadas na voz da cantora (‘Olhos nos Olhos’, ‘Rosa dos Ventos’). Bethânia ainda revive boa parte do repertório da antológica apresentação quando dividiu, em meados dos anos 70, o palco com Chico (‘Olê, Olá’, ‘Sem Açúcar’, ‘Noite dos Mascarados’ e ‘Sonho Impossível’), e recita trechos de ‘A Gota D’água`, texto teatral assinado pelo artista em parceria com o dramaturgo Paulo Pontes, antes de entoar a música homônima. Na volta do bis, a cantora encerra o show com ‘A Banda’, primeiro grande sucesso do compositor.


Circuito Cultural Banco do Brasil Circuito Cultural


É uma proposta diferenciada e capilarizada de atuação na área cultural. A iniciativa teve como precursor o projeto Brasil Musical, lançado em 1993, que buscava popularizar a música instrumental brasileira. Realizado por cinco anos, o Brasil Musical atingiu um público variado, tendo recebido, em 1994, o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), na categoria de Melhor Projeto de Música Popular, e, em 1997, o prêmio ABERJE – Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, como Melhor Projeto Institucional da Região Centro-Oeste/Leste.


A partir de 1998 o projeto passou a incorporar intérpretes de MPB e deu origem ao Circuito Cultural Banco do Brasil no ano seguinte, quando o projeto percorreu quatro cidades, recebendo um total de 76 mil pessoas e arrecadando 15 toneladas de alimentos.
O Circuito Cultural passou então a contemplar as mais variadas manifestações artísticas: exposições de artistas locais (artes plásticas e fotografia), música, artes cênicas (teatro e dança), oficinas, palestras e mostras de vídeo.


Em 2000, o projeto percorreu 19 cidades, recebeu cerca de 370 mil pessoas e arrecadou mais de 100 toneladas de alimentos, em um formato que privilegiava grandes shows populares. Este modelo cresceu ao longo dos anos e durou até 2007 e, em 2008 e 2009, com estrutura parecida, passou a ser conduzido pelos CCBBs RJ, SP e DF.

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