Tenho estado muito tempo sozinha e quieta em casa, somente na companhia da gata Cherrie, que infelizmente não sabe falar. To cansada da internet e da TV, até mesmo dos livros da minha cabeceira estou cansada. Daí queria atualizar meu blog mas não tinha nada, nem na cabeça nem nos rascunhos. Escrevi no google o justo oposto do que to sentindo e vivendo no momento: coisas bonitas da vida. Achei esse texto e gostei.
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E muita coisa bonita vem acontecendo ultimamente, dessas bonitas de verdade, como o sol que brilha tão forte a ponto de quase cegar e fazer com que enxerguemos tudo meio alaranjado, meio filme faroeste.
E da mesma forma que a gente só dá valor à nossa breve visão sépia quando tudo já escureceu, eu só compreendo a beleza de cada gesto quando está meio que tarde demais pra agradecer.
Eu digo “meio que tarde demais” porque de vez em quando me dá uma loucuras de abraçar repentinamente, mandar uma mensagem perturbada e agradecida, sair sorrindo um pouquinho mais.
Na outra parte da vida, eu fico vendo as coisas passarem e eu, mera espectadora, tentando me infiltrar numa ceninha qualquer, coadjuvante que seja, só pra ter uma vida mais empolgante, mais cinematógrafica, menos minha.
Porque viver o que é nosso e que não pode ser tomado por ninguém é difícil pacas, e pensar que criar esses roteiros da vida real dá errado na grande maioria das vezes desanima bastante, tira a vontade de estrelar qualquer obra, mesmo que seja a sua própria. Se todo mundo seguisse meus diálogos e scripts, ao menos, quem sabe eu não pudesse fingir melhor e parar com esse nhenhenhem de crise de um quarto de idade menos 6. Mas ninguém segue, visto que o resto do mundo deve estar tão perdido quanto eu e esse texto confuso.
Enfim, a intenção era só deixar um lembrete das coisas bonitas e eu fui bem além disso.
Voltemos aos conselhos não seguidos, às risadas forçadas e aos momentos de distração atenuantes. Busquemos as palavras de conforto, as músicas compatíveis e os abraços sufocantemente libertadores. Olhemos pra todo o resto e toda a vida, esteja a visão sépia, p&b ou fosca, mas enxerguemos que deve haver um sol brilhante atrás de todas as nuvens negras da chuva.
Tem muita coisa bonita acontecendo ultimamente, e pessoas tão belas quanto me ajudando a enxergá-las. Pensando bem, creio que já tô encontrando o caminho, mas suplicando para que venham comigo caso o sol realmente me cegue nalgum ponto qualquer.
Das coisas bonitas da vida - por Raíssa Palma
do blog http://unabitudine.wordpress.com
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